segunda-feira, 1 de abril de 2013

Silêncio


Silêncio profundo,
remói-me no âmago
até à mais, mais infinita solidão,
onde já não existe solidão.
Silêncio profundo,
voz do infinito
que tudo projecta,
que tudo absorve.
Descanso
no sossego
do teu útero materno,
e vislumbro
o universo,
fantasia de criança,
sonho suspenso,
reflexos de estrelas
nas águas serenas…
Mas onde as estrelas,
No lago manso do silêncio,
Só existem como simples lampejos.
Neste momento,
sou sossego, sou solidão…
e talvez amanhã,
que não é se não o agora
dançando no infinito,
seja o sono latente do silêncio.